O restaurante do Manary Praia Hotel, hoje denominado Manary – Gastronomia e Arte, foi inaugurado juntamente com o Hotel no dia 23 de Dezembro de 1995.
Naquela época Natal não era a metrópole cosmopolita de hoje, mas sim uma cidade provinciana, onde o hábito de “comer fora” não fazia parte da cultura e do dia-a-dia da sociedade local.
Na praia de Ponta Negra, situada a 12 km do centro de Natal não havia à época nenhum restaurante, apenas dois bares de praia, que serviam, sem grandes pretensões, pratos básicos e tira-gostos.
Como o Manary pretendia inicialmente atender apenas aos turistas, oriundos basicamente dos Estados do Sul e Sudeste do país, nossa intenção, desde o início, foi a aposta no oferecimento de frutos do mar (camarões, lagostas, etc) e alguns pratos típicos da culinária regional (paçoca de carne de sol, escondidinho, etc). Uma vez que a mão-de-obra disponível àquela época se restringia a cozinheiras talentosas, a criação das primeiras receitas do Manary ficou a cargo delas. Margarida e Marisônia (essa última ainda conosco) foram as responsáveis por essa competente tarefa.
Já no primeiro mês de funcionamento começamos a receber “contribuições” de clientes, entre eles alguns chefs de renome, como o caso de Paulo Guinle, à época dono do badalado Restaurante Martim Pescador de Florianópolis, que gentilmente nos repassou a sua receita para o Peixe Azul Marinho, prato típico do litoral Sul e Sudeste. Em seguida foi o “repórter-cozinheiro” Goulart de Andrade, que nos brindou com a receita do seu fettuccini com frutos do mar.
Em 2000 contratamos a chef Ana Lajus, nascida na região da Cataluña, conhecida pela sua tradicional culinária à base de frutos do mar. Ela mudou-se para a Austrália em 2005, porém, deixou conosco o legado de suas receitas de paella, caldeirada de frutos do mar e do excepcional misto di mare grigliato.
Em 2006 contratamos o chef Vagner Aguiar, com a intenção de repaginar nosso cardápio, dando aos pratos uma linguagem contemporânea. Nessa ocasião foram também introduzidos novos pratos a base de carne, peixe e sobremesas imperdíveis. Desde então ele, que hoje gerencia um restaurante na Suíça, retorna todos os anos para revisar e atualizar nosso cardápio, acompanhando periodicamente por meio da Internet a aceitação dos pratos e novidades.
Receitas que estão há mais de 50 anos em nossa família também fazem hoje parte do cardápio, como é o caso da ostra grigliata, criada pela saudosa Mamma Bianca.
À frente de toda essa afinada orquestra está a competente batuta de Carla Bagnoli, sócia do Manary e mestre-autodidata em gastronomia. Sua maestria tem origem em um aguçado talento natural: seu olfato, reconhecidamente excepcional.
Em março de 2006 nosso restaurante foi oficialmente aberto ao público local, que passou a ter acesso a ele, através de um pórtico de arquitetura monumental, construído especificamente com esse fim. Tendo obtido sucesso imediato, hoje nosso restaurante é freqüentado principalmente pelos natalenses, de origem ou adoção.
Tendo sido apresentada a “gastronomia” do Manary, cabe agora explicar a “arte”, incorporada ao nome do nosso Restaurante.
Eduardo Bagnoli, sócio do Manary é fotógrafo de natureza e faz das paredes do Restaurante uma galeria permanente de suas obras, todas retratando paisagens inusitadas do Nordeste, região que conhece e ama como poucos.
